domingo, 1 de novembro de 2009

É HORA DE IR A ESCOLA?


Como saber qual a idade certa de colocar os filhos na escola?


Iniciar as atividades escolares das crianças... isso sempre gera inúmeras dúvidas e incertezas: qual a idade ideal? Será que a criança está preparada? Será melhor ficar em casa com uma babá? Será?


Toda criança precisa aprender a conviver em sociedade, desenvolver conceitos e princípios morais, brincar, conversar, trocar experiências e aos poucos dominar o egocentrismo natural infantil para aprender a dividir e é o contato com a realidade, proporcionado pela escola, que ajuda a criança nesse processo.Através do contato com o outra criança, com o coleguinha que se senta ao seu lado, é que a criança aprende a dividir o lanche, o brinquedo, os lápis de cor. É uma experiência única, insubstituível.


A afetividade criada entre professores e alunos, as brincadeiras, as histórias, as novidades, o aprendizado em si, gera muita satisfação e alegria para as crianças, e esse lado emocional, estimulado pela convivência na escola é fundamental para o crescimento das crianças. Com certeza o computador, o vídeo-game e a televisão são incapazes de colaborar com o crescimento e amadurecimento das crianças de uma forma tão benéfica e eficaz.


A idade ideal ?Não existe idade ideal para iniciar a escolarização. Devemos considerar principalmente as condições familiares: a vida profissional dos pais e/ou a disponibilidade de parentes ou de uma babá para cuidar da criança. Dependendo dessas condições, a criança pode freqüentar um berçário desde bebê ou iniciar suas atividades escolares com dois ou três anos, quando já estiverem mais "independentes" e já souberem falar. Em todo caso, é importante que tanto os pais e a criança se preparem para o período de adaptação desde que a decisão seja tomada e não apenas na semana em que as aulas se iniciam.


O período de adaptação

O período de adaptação é um processo onde a criança assimila gradativamente a separação dela com os pais e a conquista de sua "independência".É um grande desafio, porque a criança se separa das pessoas e do local que é familiar, onde e com quem ela se sente segura, para explorar um ambiente novo e se relacionar com pessoas novas. É uma experiência excitante, mas ao mesmo tempo assustadora. É o período em que a criança começa a lidar com sentimentos variados, as novas brincadeiras e a presença de outras crianças gera euforia e excitação, porém, ter que compartilhar espaço, materiais e brinquedos pode ser frustrante. Tudo isso é essencial para que a criança comece a aprender como lidar com o mundo.


Como ajudar no período de adaptação?

Não se pode prever o tempo exato para que as crianças consigam despedir-se dos pais tranqüilamente, mas existem meios de interferir nesse período.


Para que as crianças consigam com tranqüilidade despedir-se dos pais não existe um tempo predeterminado. Há muitas variáveis que interferem na adaptação: a história anterior de cada um, o relacionamento com os pais, as experiências prévias da separação, etc. Para algumas crianças, a separação pode gerar muita ansiedade, o que irá exigir um tempo mais longo da presença do pai ou da mãe. Compete a eles tranqüilizar o filho nessa passagem e, gradativamente, levá-los a transferir o vínculo de confiança para os novos adultos. Em geral, as crianças de dois a três anos de idade levam cerca de 5 a 12 dias com a presença de seus pais até que se complete a transferência.


Durante esse período, pequenas alterações no sono, alimentação, eliminação e humor podem acontecer, e são normais. Sentimentos de insegurança, medo e abandono ao enfrentar situações novas também são reações esperadas.


Os pais que participam intensamente desse momento devem expressar confiança em seus pequenos filhos para que eles se sintam cada vez mais encorajados a vencer os desafios - sentindo-se confiantes, desenvolverão sentimentos positivos a respeito de si mesmas, podendo então transferir essa experiência para tantas outras situações.


Os pais mais inseguros ou dependentes terão que ficar muito atentos para não criar dificuldades na adaptação de seus filhos, protegendo-os demais ou reforçando a idéia de um mundo assustador.

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